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O Escape

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 comentários
Imaginemos a seguinte situação: uma panela de pressão no fogo. Dentro da panela hermeticamente fechada, o vapor vai se formando, aumentado cada vez mais a pressão interna. Quanto mais fogo, mais vapor se forma.
Existe, porem, nesse tipo de panela, uma válvula reguladora de pressão, que permite a saída do ar quando a pressão interna vai chegando ao limite.
Com a panela fechada, o alívio da pressão só acontece quando a válvula se abre. Com isso, a pressão se mantém limitada numa intensidade adequada para o cozimento mais rápido dos alimentos.
Há situações na nossa vida em que parecemos estar dentro de uma panela de pressão. São tribulações no lar, no serviço, entre os familiares, no trânsito, no comércio ou até na igreja!

Mas Deus dá o “escape” para que possamos suportar.

O texto de (I Corintios 10:13) Diz: - Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.

Deus conhece o nosso limite porque Jesus já sofreu todas as provações possíveis que venhamos a passar.

Em (Hebreus 2:18) Lemos: - Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

A eficácia do sacerdócio de Jesus está no fato de que, embora sem pecado, Jesus passou por todo tipo de tentação a que estamos sujeitos e por isso compadece-se de nós, vindo em nosso socorro no momento de maior necessidade:

(Hebreus 4:15) - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
(Hebreus 4:16) - Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

A válvula reguladora da panela não abre antes, mas só no momento do limite da pressão. Aí, repentinamente ela abre e faz...PSSSS; daí vem o alívio!
Se não ouvimos a válvula funcionando, ficamos apreensivos sem saber se ela está ou não entupida.

É como o mergulhador que depois de permanecer até o limite de sua resistência, sobe à superfície para tomar fôlego e assim prossegue a sua atividade. Ao intensificar os treinos para respiração, o mergulhador vai cada vez adquirindo mais resistência, podendo permanecer mais tempo debaixo d’água, mas sempre haverá um limite para as suas forças.
Cada vez, porem, que ele volta à superfície e renova o ar, ele sente um alívio agradável e assim, adquire novas forças para prosseguir.

Em Gn.22:1 a 13 vemos que aquele carneiro para o holocausto só apareceu no momento limite antes da tragédia acontecer.

No caso de Abraão o “limite” foi quase insuportável porque ele era um homem de muita fé.
Em (Hebreus 11:17) a bíblia diz: - Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
(Hebreus 11:18) - Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;

Abraão não hesitou em levantar o cutelo para sacrificar seu filho Isaque, porque tinha a certeza que, de alguma forma e de algum lugar, viria para ele o escape e o socorro necessário. Para aquele que confia, o final de uma provação é sempre para benefício, especialmente quando há um fim corretivo.

Em (Hebreus 12:11) diz - E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

Em Hb.12:4, a expressão “resistir até o sangue” foi usada com significado de suportar acima do limite.
Deus nos livra do insuportável para que possamos resistir até o limite suportável.
A graça de Deus era o escape para as tentações que o apóstolo Paulo sofria.

Quando estava no Getsêmani, Jesus experimentou o conforto do Pai no momento limite de suas forças, quando já havia inclusive vertido gotas de sangue sobre o chão (Lc.22:44).
hematidrose . [De hemat(o)- + -idr(o)- + -ose1.] S. f. Med. 1. Excreção de suor sanguinolento. Isto acontece por causa do stress intenso, nesta situação extrema, pequenos vasos sangüíneos que estão sob as glândulas sudoríparas podem se romper e o sangue sair pelos poros do corpo junto com o suor.
O texto diz que Jesus intensificava suas orações na medida em que sua angústia e agonia aumentavam.

O texto de Is.38:17 diz que “para minha paz estive em grande amargura”. Isto significa que um momento de grande aflição pode acabar gerando uma aproximação maior de Deus e com isso trazer ao aflito um alívio nunca antes experimentado.

O importante é que aquele que esteja numa situação desse tipo não “jogue a toalha no chão”, desanimando a ponto de deixar de resistir até o seu próprio limite, para que o inimigo não prevaleça por causa da falta de perseverança.

Lemos em (Hebreus 10:37) - Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará.

(Hebreus 10:38) - Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.

As vezes é necessário perseverar “mais um pouquinho de tempo”, porque aquele que há de vir virá e não tardará. O nosso recuo prematuro impede o escape providencial de Deus no momento decisivo para a nossa vitória.

A Shechinah o Segue!!!

Seu Irmão MVDS.
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Levítico

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O TíTULO
A Septuaginta deu o nome de Levítico (Lv) a este terceiro livro da Bíblia, possivelmente para indicar que se trata de um texto destinado de modo particular aos levitas. Estes estavam encarregados de exercer o ministério sacerdotal e de atender aos múltiplos detalhes do culto tributado a Deus pelos israelitas. A Bíblia Hebraica, conforme a norma observada em todo o Pentateuco, nomeia o livro pela sua primeira palavra, Wayiqrá, que significa “e chamou”.

OS LEVITAS
Ao ser repartida a terra de Canaã, os levitas (isto é, os membros da tribo de Levi) receberam, em lugar de território, quarenta e oito “cidades para habitá-las” (Nm 35.2-8; cf. Js 21.1-42; 1Cr 6.54-81), repartidas entre as terras atribuídas às outras tribos. Eles, ao contrário, haviam sido separados por Deus para servir-lhe, para cuidarem das coisas sagradas e celebrarem os ofícios religiosos. Esta é a função específica a eles atribuída, especialmente depois que o culto e tudo que com ele se relacionava foram centralizados no templo de Jerusalém.

CONTEúDO DO LIVRO
Na sua maior parte, Levítico é formado por um conjunto de prescrições extremamente minuciosas, tendendo a fazer do cerimonial cúltico, como expressão da fé em Deus, o eixo ao redor do qual devia girar toda a vida do povo.
Este livro ritualista, cheio de instruções sobre o culto e disposições de caráter legal, encerra uma mensagem de alto valor religioso, na qual a santidade aparece como o princípio teológico predominante. Javé, o Deus de Israel, o Deus santo, requer do seu povo escolhido que seja igualmente santo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (19.2). Em conseqüência, todas as normas e prescrições de Levítico estão ordenadas com a finalidade de estabelecer sobre a terra uma nação diferente das demais, separada para o seu Deus, consagrada inteiramente ao serviço do seu Senhor. Por isso, todas as fórmulas legais e todos os elementos simbólicos do culto — vestes, ornamentos, ofertas e sacrifícios — têm uma dupla vertente: por um lado, louvar e homenagear devidamente ao Deus eterno, criador e senhor de todas as coisas; por outro lado, fazer com que Israel entenda o significado da santidade e disponha de instrumentos jurídicos, morais e religiosos para ser o povo santo que Deus quer que seja.

DIVISãO DO LIVRO
Pode-se dividir o livro em várias seções. A primeira delas (caps. 1—7) é dedicada inteiramente à regulamentação da apresentação das ofertas e sacrifícios oferecidos como demonstração de gratidão ao Senhor ou como sinal de arrependimento e expiação de algum pecado cometido.
A segunda seção (caps. 8—10) descreve o ritual seguido por Moisés para consagrar como sacerdotes a Arão e aos seus filhos. Consiste em um conjunto de cerimônias oficiadas por Moisés conforme as instruções recebidas de Deus (cf. Êx 29.1-37). Esses ritos de consagração, que incluíam sacrifícios de animais e o uso de vestimentas especiais, foram o passo inicial para a instauração do sacerdócio arônico-levítico, instituição que fundamenta a unidade corporativa do Israel antigo. O cap. 10 relata a morte de dois filhos de Arão, por causa de um pecado de caráter ritual.
Os caps. 11—15 formam a terceira seção do livro, dedicada a definir os termos da pureza e da impureza rituais. Fixa também as normas às quais deveria se submeter todo aquele ou tudo aquilo que houvesse incorrido em algum tipo de impureza.
A seção seguinte traz a descrição dos ritos próprios do grande Dia da Expiação (hebr. Yom Kippur), que todo o povo deve celebrar no dia 10 do sétimo mês de cada ano.
A quinta seção (caps. 17—25) se ocupa da assim chamada Lei de santidade, enunciada de forma sintética em 19.2. Aqui nos encontramos em pleno coração do livro de Levítico, onde junto a algumas instruções relativas ao culto, se assinalam as normas que Israel, tanto sacerdotes como o povo, está obrigado a observar para que a vida de cada um em particular e da comunidade em geral permaneça regida pelos princípios da santidade, da justiça e do amor fraterno.
Os dois últimos capítulos incluem, respectivamente, uma série de bênçãos e maldições, que correspondem a atitudes de obediência ou desobediência a Deus (cap. 26), e uma relação de pessoas, animais e coisas que estão consagradas a Deus (cap. 27).

ESBOçO:
1. Ofertas e sacrifícios (1.1—7.38)
2. Consagração do sacerdote (8.1—10.20)
3. Leis referentes à pureza e impureza legais (11.1—15.33)
4. O Dia da Expiação (16.1-34)
5. A “Lei de santidade” (17.1—25.55)
6. Bênçãos e maldições (26.1-46)
7. Sobre o que é consagrado a Deus (27.1-34)


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Êxodo

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O TíTULO
Este livro tira o seu nome daquele fato que constitui o fio condutor de toda a sua narrativa: a saída dos israelitas do Egito e os anos em que viveram no deserto antes de chegar a Canaã, a Terra Prometida. De fato, a mesma palavra grega (êxodos), utilizada pela Septuaginta como a palavra portuguesa equivalente se definem propriamente como “saída”. Por sua vez, a Bíblia Hebraica intitula o livro com uma das suas primeiras palavras: Shemoth, que significa “nomes”.

A HISTóRIA
O livro de Êxodo (Êx) oferece alguns dados que, dentro de uma certa margem de probabilidade, permite delimitar a época em que aconteceram os fatos referidos. Tais dados, ainda que insuficientes para estabelecer datas precisas, têm um inegável valor histórico. Por exemplo, 1.11 revela que os israelitas, residentes no Egito durante 430 anos (12.40-41), foram obrigados a trabalhar na construção de duas cidades: Pitom e Ramessés (chamada, em egípcio, de Casa de Ramessés). Esse fato sucedeu entre fins do séc. XIV e início do séc. XIII a.C.

CONTEúDO DO LIVRO
A primeira parte do livro de Êxodo (1.1—15.21) relata a mudança de situação que, para os descendentes de Jacó, supôs que um “novo rei... que não conhecera a José” (1.8) havia começado a reinar sobre o Egito. A narrativa não se ajusta a uma cronologia estrita; e à primeira vista, parece que os fatos se sucedem sem solução de continuidade. No entanto, uma leitura atenta leva à evidência de que, entre o assentamento de Jacó em Gósen (Gn 46.1—47.6) e o reinado do novo faraó, transcorreram os 430 anos da permanência dos israelitas no Egito (cf. 1.7). Foi somente no final deste período que a hospitalidade egípcia (Gn 47.5-10) se transformou em opressão, sendo os israelitas reduzidos à escravidão (1.13). Naquela penosa condição, as suas súplicas chegaram aos ouvidos do Senhor (2.24-25; 3.7), que chamou a Moisés e se revelou a ele em Horebe, o “monte de Deus” (3.1), para lhe confiar a missão de libertar o povo (3.15—4.17). Com uma extraordinária demonstração de sinais portentosos, Deus, por meio de Moisés, obriga o faraó a conceder liberdade à multidão israelita (12.37-38). Esta, depois de celebrar a primeira Páscoa como sinal de salvação, empreendeu a marcha a caminho do mar e o atravessa a pé enxuto pelo mesmo ponto em que depois as águas cobriram o exército egípcio. O povo, então, junto com Moisés e Miriã, expressa a sua gratidão a Deus entoando um cântico, que é um dos testemunhos mais antigos da milagrosa libertação de Israel (15.1-18,21).
A segunda parte do livro (15.22—18.27) recolhe uma série de episódios relacionados com a marcha dos israelitas pelo deserto. Depois de atravessado o mar, adentraram as paragens secas e áridas da península do Sinai. Na sua nova situação, viram-se expostos a graves dificuldades e perigos, desconhecidos para eles até então. A fome, a sede e a aberta hostilidade de outros habitantes da região, como os amalequitas, foram causa de freqüentes queixas e murmurações contra Moisés e contra o Senhor (15.24; 16.2; 17.2-7). Muitos protestavam abertamente e, parecendo-lhes melhor comer e beber como escravos do que assumir as responsabilidades da liberdade, clamavam: “Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar” (16.3). Por isso, Moisés teve de interceder repetidas vezes diante de Deus em favor dos israelitas, e o Senhor os atendeu em todas suas necessidades. Alimentou-os com codornizes e maná (cap. 16), fez brotar água da rocha para matar a sua sede (17.1-7; cf. Nm 20.2-13) e os livrou dos inimigos que os acossavam (17.8-16).
A marcha pelo deserto do Sinai tinha como objetivo final o país de Canaã. Ali estava a Terra Prometida, descrita como uma “terra que mana leite e mel” (3.8). Porém, antes de chegar a ela, o povo de Israel tinha de aprender que o Senhor Deus o havia tomado dentre todos os outros povos da terra para lhe ser consagrado como o povo da sua “propriedade”, como um “reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19.5-6; cf. Dt 4.20; 7.6). O monte Sinai foi o cenário escolhido por Deus para estabelecer a sua aliança com Israel e constituí-lo a sua propriedade particular.
Essa aliança significava, pois, um compromisso para o povo, que ficava obrigado a viver em santidade. Esta era a parte que lhe correspondia observar, em resposta à eleição com que Deus o havia distinguido de maneira gratuita. Para que isso fosse possível, Deus mesmo deu a conhecer ao seu povo, na lei proclamada no Sinai, o que dele exigia e esperava que cumprisse pontualmente.
A Lei (hebr. torah), que é dada a Israel pelas mãos de Moisés, começa com a série de disposições universalmente conhecida como O Decálogo ou Os Dez Mandamentos, que começa assim: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (20.2-3). Com essas palavras fica estabelecida a vinculação exclusiva e definitiva de Israel com o Deus que o havia libertado e o havia atraído como que “sobre asas de águia” (19.4). A partir do Decálogo, toda a Lei, com a sua evidente preocupação em defender o direito dos mais fracos (p. ex., 22.21-27), assenta o fundamento jurídico de uma comunidade criada para a solidariedade e a justiça e especialmente consagrada ao culto ao seu Senhor, o Deus único e verdadeiro (caps. 25—31; 35—40).

ESBOçO:
1. Israel é libertado da sua escravidão no Egito (1.1—15.21)
a. Escravidão no Egito (1.1-22)
b. Nascimento de Moisés e primeira parte da sua vida (2.1—4.31)
c. Moisés e Arão diante do Faraó (5.1—11.10)
d. Páscoa e saída do Egito (12.1—15.21)
2. Os israelitas marcham até o monte Sinai (15.22—18.27)
3. Aliança de Deus no Sinai (19.1—24.18)
4. Prescrições para a construção do Tabernáculo (25.1—31.17)
5. Bezerro de ouro. Renovação da aliança (31.18—34.35)
6. Construção do Tabernáculo (35.1—40.38)

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